6/26/2009

Parabéns pra você


Oi,


Na semana passada fiz 38 anos. Não foi uma semana fácil e acho que atravessei aquele período que muitos chamam de "inferno astral", sem contar o ocorrido com o computador, que por sinal aconteceu no DIA do meu aniversário.


Nunca entendi bem o significado do tal inferno astral, até porque não acredito em astrologia (Cris, você está lendo isso!!??!!). Mas de qualquer forma, o fato é que, apesar de adorar o dia do meu aniversário e ter o costume de comemorar com os amigos e a família, seja com festa ou apenas com aquele "bolinho", fico mais tensa nessa época e de uns anos pra cá a coisa tá ficando um pouco mais complicada.


Tenho feito muitas reflexões nesse período e acaba batendo uma tristeza e uma nostalgia. Tristeza inevitável pelo filho que não veio, e que a essa altura da vida já deveria estar fazendo parte dela. E a nostalgia... bom, a palavra por si só já se explica.


Talvez seja uma crise pré-quarenta que se aproxima. Não sei. Mas acho que envelhecer tem dessas coisas mesmo, a gente passa a ter certa pressa de realizar e já começa a se lembrar do que já está feito.


Mas pra não dar um ar muito pesado pro texto e salvar o dia, devo dizer que adorei cada aniversário que fiz, cada ano vivido e comemorado e acho que no final das contas isso já é um lucro danado, ir olhando pra vida e gostar do que se vê.


Tenho ainda outra coisa pra colocar na roda antes de ir. É o Parabéns pra Você. Eu já tinha decidido que não queria mais ouvir a famigerada música na hora do bolo. Que fazer "três oitão", como bem foi batizada a idade pela San e pela Bola, já era a deixa pra acabar com o hábito. Sem contar com o fato de que nessa hora bate uma timidez que não me é típica. Quem me conhece sabe, sou tudo, menos tímida. Mas fico tímida e não há santo que me ajude a descontrair.


Queria cortar o bolo e pronto, e ir servindo para aqueles que estivessem ali. Mas não tive sucesso na empreitada e mesmo quando eu já havia feito o primeiro corte no bolo (depois de fazer o pedido mentalmente, porque esse eu não deixo de fazer), apareceu uma vela daquelas que parecem fogos de artifício e o coro começou. Tentei mostrar desagrado e fiz cara de choro, mas segundo o Sérgio, resistir é pior e demora mais pra terminar. Tudo acabado e bolo sendo servido, a vida voltou ao normal, a timidez passou e retomei a conversa com as pessoas ao redor.


Agora, escrevendo esse texto, estou pensando o seguinte: "Ok! Não vai ter jeito. Sempre haverá o parabéns pra você." Já que vai ser assim, acho que o melhor a fazer é tentar vencer a timidez do momento e aproveitá-lo. Por que não olhar nos olhos das pessoas queridas que estão lá por você e agradecer aquele montão de carinho com um sorriso?? Talvez isso torne o momento mais gostoso e com certeza mais marcante.


No ano que vem eu conto como foi.


Um beijo!


Gi




6/22/2009

Ficar sem computador

Oi,

Na semana passada o meu HD foi pro beleléu... fiquei sem computador. Abri um e-mail enviado pelo Sérgio (que na verdade foi enviado por um vírus) e daí pra frente a história é aquela sequência clássica de acontecimentos relacionados ao tema: Uma leve bronca do técnico, porque, é claro, meu back up não estava em dia; O medo de perder todos os arquivos de trabalho e mais um milhão de fotos digitais (quem disse que isso melhorou a vida da gente??); enfim, toda a sua vida colocada em 120Gb. Não sei se isso é muito ou é pouco, mas era a minha vida profissional e pessoal que estavam ali.

Acho que nem preciso dizer que sou do tipo que não entende de computador, apenas sei o básico e odeio quando "dá pau", porque espero que ligar e desligar seja mais do que suficiente pra coisa funcionar como deve.
A história termina assim: agora são dois HD's, um na máquina e outro externo, pra ver se agora aprendo a fazer back up e não ficar refém de computador. Como se isso fosse realmente possível.
Imaginem a tortura de ficar sem poder trabalhar, ficar sem internet e sem ler e mandar e-mails por 4 dias. No início foi mais difícil e cheguei ao desespero, mas depois percebi que o controle estava comigo, que tinha jeito pra tudo. Diagnostiquei nisso uma tremenda dependência, daquelas de dar crise de abstinência brava nas primeiras 24 horas.

Me lembro de quando a maior dependência que a gente tinha era a do telefone fixo (na época só se falava telefone, não precisava identificar se era móvel ou fixo, porque celular não existia). Eu ficava por horas a fio no telefone com a Ci e a San, anos depois com a Bel e por fim (já na época da faculdade) com a Cris (na verdade com a Cris eu fico até hoje). Ficar sem falar ao telefone com as amigas era uma verdadeira tortura, pois você se sentia excluída dos últimos acontecimentos e isso era, simplesmente, inadmissível.
Não vou ficar fazendo apologia do tipo "no meu tempo"... só de começar a frase já dá arrepios. Mas a verdade é que as coisas mudam com uma velocidade louca e quando a gente se dá conta já está envolvido pelo novo modo de viver e de fazer as coisas. Mas até que ponto a gente consegue absorver tanta tecnologia nova??
Meu avô dizia que não queria aprender a usar o computador porque já tinha chegado até a fase da máquina de escrever elétrica, e que para ele isso já estava bom demais. O Sérgio não consegue trabalhar com o msn ativado, assim como eu, porque tira a atenção daquilo que se está fazendo e muito estímulo não ajuda a gente a pensar. Mas a geração posterior a nossa consegue fazer isso e muito mais coisas ao mesmo tempo, já nasceram na era do computador.
Será que todos nós teremos o nosso momento "cheguei na máquina de escrever elétrica e pra mim já está bom", como teve meu avô (que saudades, por sinal)???
Não sei de vocês, mas eu acho que terei sim o meu, mas até lá ainda terei que me adaptar a mais tecnologias imprescindíveis para nossa sobrevivência e aprender com mais alguns erros (o do back up desatualizado espero não repetir), que farão com que eu me sinta tão refém quanto me senti na semana passada...
Beijos virtuais pra todos!!!!
(que ironia, né?)
P.S. Escolhi a foto acima porque 0 carro quebrou na serra indo pra Visconde de Mauá e tivemos que alugar o quadriciclo para podermos nos locomover. Tem jeito pra tudo, mesmo!!!