8/28/2009

O mês do cachorro louco

Dizem que agosto é o mês do cachorro louco. Até onde eu sei, isso vem do fato de que é nessa época em que se vacinam os pets e quem deixa passar da data corre o risco de ficar com um demônio da Tasmânia em casa. Lenda ou ameaça, nunca essa verdade popular se fez tão verdadeira na minha vida. Agosto foi o mês do cachorro louco pra mim.


Pensei em vários ditados populares nesses últimos dias, do tipo "nada está ruim que não possa piorar", pra vocês terem uma ideia de como foi o meu mês.


Pra começar, bom, nem sei mais o que veio primeiro, mas enfim... Há alguns poucos meses a Angela me ensinou a investir na bolsa de valores. Li um livro de "Investimento na Bolsa para Idiotas" e comecei a aventura. Aos poucos fui tomando gosto e adquirindo mais confiança, e passei a operar com um dinheirinho razoavelmente mais significativo, o que não deve ser nem de perto o montante que os grandes investidores lidam todos os dias. Em todo caso, estou eu lá me sentindo uma mulher moderníssima, que sabe até investir e operar seu dinheiro no mercado financeiro, quando num dia em que tudo estava em alta acontece uma queda nos valores das duas únicas ações em que coloquei meu rico dinheirinho e perco uma quantia que é capaz de me deixar mau humorada por dias. Agosto estava começando.


Dias depois descobri uma umidade atrás dos armários do meu closet. Chamei o engenheiro que construiu minha casa e a recomendação foi desmontar o armário pra chegar até a parede. Armário desmontado, estrago visto, resultado: parede quebrada pra chegar até a fonte do vazamento. Mais prejuízo.


Num belo domingo de sol, estamos saindo do restaurante onde havíamos almoçado, Bel, Kito, Angela, Ed e eu, quando a Bel me pergunta: "O carro de vocês está batido?" Conta do almoço: R$ 112,00 de comida + R$ 350,00 de conserto do carro, porque o outro motorista bateu e sumiu, claro. Ainda era 14 de agosto.


E aí o mês se arrasta com mais acontecimentos memoráveis, perrengues com a família e novos pepinos cabeludos no trabalho, que até então parecia ir bem e correndo a favor do vento.


Mas eis que surge o oásis no deserto e uma trégua me foi dada. No dia 20 o Sérgio tocou com a banda no Barril da Máfia, um bar bacana aqui de Campinas. Pra quem não sabe, o Sérgio tem uma banda de pop/rock, Termo Técnico, juntamente com mais quatro amigos engenheiros, daí o o nome da banda. Naquela quinta-feira a noite, de frio e chuva, o sol brilhou por algumas horas, enquanto dançávamos e cantávamos, esquecendo qual era o dia, o mês e o ano em que estávamos.


Pra ajudar a melhorar o humor, uma caravana de amigas se formou, Lidia e a Angela foram comigo pra São Paulo no dia 22 e depois de algumas obrigações resolvidas, fomos buscar a Bel e a Ci para um sábado paulistano. Almoçamos na Vila Madalena, passeamos na praça "Bento" Calixto e subimos até o apartamento do Marcão para uma cerveja e bate-papo. Pronto, o dia perfeito, com as pessoas perfeitas. Um novo fôlego pra aguentar até o mês terminar.


Mas como agosto ainda não acabou, recebo a notícia de que o Miguel se machucou, caiu e bateu o cotovelo no chão. Saldo dos primeiros passos autônomos (ele começou a andar no início do mês): uma tala e uma tipóia.


Bom, acho que já chega de problemas e como hoje já é dia 29, espero não ter que começar o próximo post contando das últimas horas e surpresas que ainda tive nesse mês.


Com meu patuá nas mãos, deixo um beijo pra todos!!


P.S. Essa semana consegui recuperar o dinheiro perdido na bolsa. Setembro já vem dando as caras.